Andreia Costa

Andreia Costa

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Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades multiplicam-se de tal forma que, quando descobrimos os restaurantes que abriram nos últimos meses, já temos novas mesas à nossa espera. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há lugar para a alta-cozinha, para aproximações às culinárias asiáticas, a Marrocos, a Espanha, e até à Palestina, estéticas inspiradoras e, claro, para a moda das sandes e dos smash burgers, sem esquecer a comida portuguesa de autor. Preparámos um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não fique desactualizado e faça uma reserva – tem muito por onde escolher.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Quinta do Pisão: um paraíso com muitas vidas

Quinta do Pisão: um paraíso com muitas vidas

Não há buzinas, aviões a passar, nem ruído dos carris dos comboios. Pessoas também só se encontram aqui e ali, e o sinal da sua presença é abafado pelo chilrear dos pássaros e pelo vento que faz abanar a folhagem das árvores. Estamos na Quinta do Pisão, em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais. São 380 hectares com entrada gratuita, onde é possível andar a cavalo e de burro, colher legumes na horta biológica e até fazer um trilho do Cuquedo (inspirado no protagonista do bestseller infantil português – e que até faz parte do Plano Nacional de Leitura). Porém, este espaço já teve muitas vidas. De necrópole a fábrica de tecidos, passando por um abrigo para mendigos, as histórias são para descobrir passo a passo. Vamos entrar? Uma vida pré-histórica DR É no antigo armazém de cal que a visita começa e acaba (apesar de ser possível seguir para a área dos trilhos sem entrar no local). Na Casa de Cal está o centro interpretativo, onde pode pedir informações, mapas, alugar bicicletas, comprar os produtos da quinta ou visitar a exposição permanente sobre valores naturais e histórico-culturais. A pé, de bicicleta ou como der na gana de cada um (aqui a única coisa proibida chama-se carro), o percurso começa numa cápsula do tempo. A gruta de Porto Covo, que está mesmo à beira do caminho, remonta à Pré-História. No local foram descobertas ossadas de adultos e crianças, naquilo que tudo indica ter sido uma necrópole. Juntamente com os artefactos, as descobertas permitiram situar a utiliz
Quinta do Pisão: A paradise with many lives

Quinta do Pisão: A paradise with many lives

There are no horns honking, aircraft passing overhead or noises from the railway line. People are only encountered here infrequently, and any sign of their presence is drowned out by the birdsong and the sound of the wind in the trees. This is Quinta do Pisão, in the heart of the Sintra-Cascais Natural Park. Covering an area of 380 hectares and free to enter, here you ride horses and donkeys, pick vegetables from the organic garden and even follow the Cuquedo trail (inspired by the protagonist of the Portuguese children's bestseller that is part of the National Reading Plan). However, this space has had many lives. From a necropolis to a textile factory, with stint as a homeless shelter on the way, the stories are waiting to be discovered bit by bit. Are you coming?
O melhor da agenda de Oeiras até ao final do ano

O melhor da agenda de Oeiras até ao final do ano

No Parque dos Poetas já não há miúdos a gritar pelo Panda; o Passeio Marítimo de Algés já se despediu do NOS Alive e da Comic Con; nas praias da Torre e de Santo Amaro de Oeiras já não é preciso saltar ao pé coxinho entre toalhas até chegar ao mar. Oeiras está calma, mas o Inverno ainda vem longe, o que significa que esta é a melhor altura para mariscadas na esplanada, mergulhos e passeios. E até ao final do ano há muitas coisas para fazer em Oeiras. Prepara-se e aponte na agenda.  Recomendado: As melhores praias da Linha

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Nood e Cose di Mamma: um asiático e um italiano partilham casa em Benfica (e, sim, é possível pedir pratos dos dois)

Nood e Cose di Mamma: um asiático e um italiano partilham casa em Benfica (e, sim, é possível pedir pratos dos dois)

Comecemos com uma explicação rápida que vai resolver já todas as dúvidas que podem aparecer ao entrar no novo restaurante de Benfica. São dois conceitos no mesmo espaço? Sim, o Nood e o Cose di Mamma, duas marcas que já existiam e que convivem agora no mesmo local. É possível escolher qualquer mesa e pedir pratos asiáticos, italianos ou um pouco de cada? É pois, aqui a ideia é mesmo essa: oferecer variedade. A carta reúne assim os pratos mais conhecidos do Nood e o melhor do Cose di Mamma, com uma página para cada. As diferentes cores e grafismos dão logo a indicação do que estamos a ver. “Quisemos que cada espaço continuasse a ter a sua identidade e os seus pratos”, explica Bruno Gomes, chef executivo da cadeia Nood.   O desafio foi grande: pegar em dois conceitos do mesmo grupo e juntá-los num só para perceber o que aconteceria. É uma espécie de teste. Se correr bem, há a possibilidade de repetirem a ideia noutras localizações. O grupo está constantemente à procura de espaços, mas aqui a tomada de decisão foi difícil. “Era uma área muito maior das que estamos habituados, foi um debate intenso até decidirmos arriscar fazer algo novo”, continua Francisco Breyner, director operacional do Cose di Mamma. A decisão de manter os dois nomes, Nood e Cose di Mamma, também não foi consensual. “Continua a ser um grande debate”, admite Bruno. “Mas não podíamos dar-lhe um novo nome e cá dentro manter tudo igual aos outros espaços. Do ponto de vista de um cozinheiro, acho que não faz sent
Partenope. De Nápoles, com amor... e comida de conforto

Partenope. De Nápoles, com amor... e comida de conforto

Sergio Botta, um napolitano, e Ivana Mendes, uma franco-portuguesa, conheceram-se em Paris há dez anos. Apaixonaram-se – um pelo outro e pela cozinha – passaram por bistrôs, trattorias, wine bars e hotéis de luxo e viveram em Londres. Em 2023 mudaram-se para Lisboa com um objetivo: abrir um restaurante. Porém, sabiam que precisavam de conhecer primeiro o mercado e foi assim que foram parar ao Grenache. Sergio começou como sommelier e Ivana como empregada de mesa. Ele chegou a gerente, ela a sommelière e, com o resto da equipa, conquistaram uma estrela Michelin. Depois desse marco, ficaram mais três meses e despediram-se. O Partenope, restaurante napolitano, foi o tão aguardado passo seguinte. Abriu em Setembro. O espaço era um antigo bistrô de cozinha internacional que descobriram online. Depois de o visitarem, perceberam que era perfeito: pequeno e acolhedor, perto de casa e com algo fulcral – exaustor e ventilação para poderem cozinhar à vontade no fogão e na bancada visível da sala, apenas separados por um balcão. As pinturas em tons laranja e amarelo e as pequenas obras, como o revestimento do balcão com azulejos portugueses, foram feitas pelos próprios. Lá dentro, há espaço para 18 pessoas, e no deck exterior, com vista desafogada sobre o Tejo, cabem mais oito.   A Feira da Ladra, logo em cima, que acontece às terças-feiras e sábados, tem dado uma ajuda no movimento, sobretudo ao fim-de-semana. “Também temos estrangeiros instalados em Airbnb e, aos almoços, pessoas que
O BeniLu nasceu em Alvalade com brunch o dia inteiro

O BeniLu nasceu em Alvalade com brunch o dia inteiro

Chama-se BeniLu e nasceu de saúde em Alvalade no final de Agosto. É o bebé mais novo de dois casais de foodies: Pedro Borges e Rita Rosa (que já eram pais de Benedita), Francisco Correia e Maria João Vieira (que já tinham a sua Luísa). Quando foram pais, os amigos perceberam que, além de pratos e espaços diferentes, procuravam também um local onde pudessem levar as crianças à-vontade.  Francisco foi o principal impulsionador da ideia de abrirem um restaurante e convenceu Pedro e Rita com um pormenor com muito significado para ambos. “O nome cativou-nos. BeniLu é a junção de Benedita, a nossa filha, e Luísa, a filha do Francisco e da Maria João”, explica Pedro. E, assim, duas farmacêuticas, um agente imobiliário (Francisco) e um auditor financeiro (Pedro) embarcaram numa aventura completamente nova para todos. “O Francisco trabalha na Remax, muito perto daqui, por isso é uma zona que conhece bem. Viu esta loja e percebeu o potencial que tinha por ter vidros em três frentes e muita luz”, continua o auditor financeiro.  DR Arrendaram o espaço no final de Março, contrataram um arquitecto para fazer o projecto e foram tratando do resto sozinhos. “Nunca nos tínhamos metido em nada do género, não percebíamos bem o que era necessário em termos de obras ou de cozinha, por isso fomos fazendo as coisas devagar, para termos a certeza de que estávamos a fazê–las bem.” A decoração foi idealizada pelos quatro sócios. “Queríamos que fosse um estilo que remetesse para a Comporta. Um estilo
Da francesinha ao leitão: no Áurea, os sabores são tradicionais, mas as influências vêm do mundo inteiro

Da francesinha ao leitão: no Áurea, os sabores são tradicionais, mas as influências vêm do mundo inteiro

Esta história começa quase como uma parábola: por três vezes bateram à porta de André Serra, convidando-o para ser o chef do Áurea, na Baixa, e por três vezes ele negou. Era sous chef do Memmo Príncipe Real e não tinha a certeza se seria capaz de lidar com a responsabilidade de assumir uma cozinha – e, pior, de ter de criar uma carta rapidamente. O restaurante do hotel Art Legacy estava numa fase de transição e precisava de um novo rumo. “Foi um trabalho árduo do director [Carlos Faustino] durante muitos dias. O meu antigo chef, o Jorge Fernandes, também me incentivou e a minha companheira foi essencial para eu arriscar”, conta à Time Out. Atirou-se de cabeça em Janeiro e o segredo para, aos 27 anos, ter a certeza que deu passo certo está na equipa. “Quando entrei, obviamente dei oportunidade às pessoas que já cá estavam, mas a verdade é que reconstituímos grande parte da equipa. Fui buscar pessoas que já tinham sido minhas estagiárias, trouxe pessoas do Memmo e criou-se aqui um grupo muito bom ao nível do ambiente, do compromisso e da criatividade.”  André Serra cresceu no meio dos tachos do restaurante da tia, o Primeiro de Janeiro. Em casa aprendeu a desenrascar-se desde cedo. “A minha mãe trabalhava à noite, por isso deixava-me os ingredientes e eu fazia o jantar para ela e o meu almoço para o dia seguinte.” Sempre teve queda para a cozinha mexicana e asiática e entre as suas melhores recordações estão os caris que fazia a toda a hora.   As memórias e os gostos foram gan
Fogo e brasa ditam as regras no 550º, o novo restaurante com carnes maturadas e pizzas artesanais

Fogo e brasa ditam as regras no 550º, o novo restaurante com carnes maturadas e pizzas artesanais

Num dos cantos da cozinha aberta do 550º está o forno. É italiano, alimentado a lenha e gás, e uma das estrelas desta casa onde quem manda é o fogo. “A lenha dá a temperatura e o gás compensa. Com o termómetro interno, o gás vai dando ou tirando calor, mantendo sempre a lenha no compo”, explica o chef David Casaca, responsável pela cozinha. As temperaturas atingem os 550°C – e explicam o nome do restaurante que no arranque de Outubro abriu no Príncipe Real. Ao lado, uma grelha divide-se em duas partes, com uma caixa ao centro, dentro da qual arde madeira que é depois distribuída para a esquerda ou para a direita.  A carta divide-se em três grandes apostas: o fogo, os arrozes e as pizzas. “No fogo, optámos pelas carnes. Fazemos também uma brincadeira na brasa com saladas. São um bom prato para partilhar. As pizzas também são feitas no forno e os arrozes passam pela brasa.” DR Não há grande ciência, provando que, muitas vezes, regressar ao básico resulta. “Tudo passa pelo fumo e pela brasa”, garante o chef. E, quando David Casaca diz “tudo”, começa logo pelas entradas, com os pimentos padrón na brasa (6€), as mini calzones picantes (6€), o pão de alho, parmesão e cebolete (7€) ou os mexilhões no fogo à Bulhão Pato (8€). “O mexilhão é aberto na brasa, apesar de o molho ser feito no fogão”, explica o chef. A dose é ideal para dividir e vale a pena guardar um pouco do pão de massa mãe grelhado do couvert (5€), com manteiga e azeite fumado, para mergulhar no molho com pimento, ce
Marisco ao pôr-do-sol e com vista para o Tejo? É no Almadrava

Marisco ao pôr-do-sol e com vista para o Tejo? É no Almadrava

Escolha um lugar na esplanada e instale-se virado para o rio: vai começar o espectáculo. Um dos motivos para o Almadrava, no Campo de Santa Clara, abrir às 18.30 é o facto de, aqui, se comer também com os olhos. O Tejo está lá em baixo, qual fundo de um postal; o Panteão Nacional ergue-se mesmo em frente; o jardim Botto Machado fica do lado esquerdo; e, por volta da hora do jantar, o azul do céu vai mudando de tonalidade, dando lugar a tons de rosa ou laranja até o sol desaparecer e se instalar a noite. É certo que tivemos sorte (escolhemos uma noite de Verão em pleno Outono), mas mesmo que a temperatura não permita estar na rua ou o céu esteja mais carregado, a vista continua a ser de tirar o fôlego vista através das portas grandes e envidraçadas do restaurante. Paulina Seuling Aberto há pouco menos de dois meses, este é o segundo projecto de Frederico Frank e Rodrigo Braga (depois daTaberna Meia Porta), dois brasileiros apaixonados por Lisboa. O primeiro coordena a cozinha, o segundo trata da parte administrativa e financeira. Quando é preciso, também dá apoio à sala. É o caso desta noite, com a esplanada cheia e vários idiomas a misturarem-se no ar. “Até agora, a procura tem sido bastante homogénea, com pessoas do bairro, mas também muitos turistas”, descreve Rodrigo. “Os portugueses gostam de se sentar, ficar à mesa a conversar e a curtir o momento. Os estrangeiros têm um roteiro definido: eu vou à Feira da Ladra [nos dias de feira o restaurante abre também para almoços
Tapada da Ajuda vai ter restaurante, museu e eventos com selo do Esporão

Tapada da Ajuda vai ter restaurante, museu e eventos com selo do Esporão

Geradora: um nome para decorar nos próximos meses. Em plena Tapada da Ajuda e fruto de uma parceria entre o Grupo Esporão (responsável pela Herdade do Esporão, no Alentejo, famosa pelos vinhos e azeites) e o ISA (Instituto Superior de Agronomia), está prestes a abrir as portas um espaço que vai juntar um restaurante, uma loja e um museu, tudo ligado por uma agenda cultural que tem já 70 eventos previstos para o próximo ano. A inauguração deverá acontecer nos primeiros meses de 2026, até à Primavera. “O edifício era uma geradora de electricidade a carvão, portanto o nome vem daí”, explica João Roquette, presidente do conselho de administração do grupo Esporão.  Comecemos por situar a Geradora: afinal, a Tapada da Ajuda tem mais de 120 hectares e cinco entradas. O edifício encontra-se no perímetro da Tapada, na entrada mais próxima do Palácio da Ajuda. “Quando foi construída tinha o propósito de produzir energia para o Palácio e para o polo académico do ISA. Foi tendo vários usos e o mais recente foi albergar aulas da parte mecânica. As máquinas estavam todas lá, havia armazéns e várias aulas. Quando avançámos para dar nova vida ao espaço, decidimos manter o nome no sentido de gerarmos ali ideias novas, criatividade e investigação”, continua.  @Esporão A notícia foi partilhada num almoço no dia 2 de Outubro na Herdade do Esporão, que serve também como selo de qualidade para este novo projecto que ocupa cerca de sete mil metros quadrados na Tapada da Ajuda, com o edifício a pr
Solo: aqui o almoço é sempre surpresa, mas o preço é fixo e os ingredientes de qualidade

Solo: aqui o almoço é sempre surpresa, mas o preço é fixo e os ingredientes de qualidade

“Entrem, venham almoçar, estejam à vontade.” As palavras são do chef Renato Bonfim e resumem aquilo que o Solo quer oferecer a quem sobe ou desce o Campo de Santa Clara. O restaurante é discreto, apenas com uma placa afixada na parede do exterior que indica a presença no Guia Michelin; a porta envidraçada revela uma mesa corrida, comprida, intimidante. Porém, o receio pode ficar à porta. Apesar de não haver uma carta fixa, o cliente sabe à partida quanto vai pagar: 35€ por um menu de três momentos, com couvert, entrada, prato principal, sobremesa e uma bebida (copo de vinho branco, rosé ou tinto; água com ou sem gás; ou um sumo de fruta natural). A funcionar apenas ao almoço, esta experiência descontraída foi pensada pelo grupo Silent Living para evitar o desperdício do fine dining que oferecem no mesmo local ao jantar, no Ceia. O grupo dedica-se à agricultura regenerativa e ao maneio holístico e os ingredientes vêm de Montemor-o-Novo, da Herdade no Tempo. É por isso que, aqui, o menu está constantemente a mudar. “Se chegar um carregamento grande de melancias, que este ano estão espectaculares, é com elas que vamos fazer uma sobremesa, por exemplo”, explica Renato Bonfim, responsável tanto pelo Solo como pelo Ceia.  Nelson Garrido Escolhido um lugar à mesa – que dá para 12 pessoas –, chega o couvert. O pão é o mesmo que é servido no Ceia, feito com massa mãe, de fermentação natural. É acompanhado por manteiga dos Açores e azeite biológico da Vivid Farms, um fornecedor de S
Matuta: sai um cafezim, um bolim e um pão de queijo recheado

Matuta: sai um cafezim, um bolim e um pão de queijo recheado

Quando, pouco antes das 09.00, o aroma se espalha pela rua, os clientes começam a aparecer. Está na hora da primeira fornada de pão de queijo do Matuta, na Penha de França – ritual que se repete pelo menos mais duas vezes durante o dia. A 11 de Julho, Eduarda Meireles abriu simplesmente as portas "para a vizinhança", sem contar a ninguém. "Queria perceber como seria o movimento, os horários e a procura, apesar de estarmos num mês em que está muita gente fora", conta à Time Out. Vive a dez minutos dali, nos Anjos, para onde se mudou há pouco mais de um ano. Nessa altura começou a frequentar as feiras da zona, na Avenida Paiva Couceiro, e conheceu alguns funcionários da Junta de Freguesia. "Em conversa com o Filipe Bernardes, da junta, surgiu o projeto Penha Empreende, que é voltado para o empreendedorismo das pessoas do bairro. Eles identificam os negócios, os espaços, e eu perguntei se sabiam de alguma coisa nesta zona." RITACHANTREPão de queijo com linguiça, do Matuta RITACHANTREPão de queijo recheado com doce de leite, do Matuta Depois de cinco anos a desenvolver o negócio exclusivamente através das redes sociais, Eduarda sabia que estava na hora de evoluir. "Foi muito bom reconstruir um plano de negócios, porque desde 2020 muita coisa mudou. Eu mudei, o mercado e o público também." Aos bolos que tornaram a brasileira de Minas Gerais conhecida (e que agora vende à fatia), junta-se o pão de queijo, a estrela do novo espaço. E aqui, conselho de Eduarda, é para comer reche
A Lanchonete tem agora um atelier, com café moído na hora e bolos novos a sair do forno

A Lanchonete tem agora um atelier, com café moído na hora e bolos novos a sair do forno

Quando Pedro Bento era miúdo e corria atrás do balcão da Raio Laser – Pastelaria e Lanchonete Lda, em Belém, já sabia que, um dia, queria pegar no negócio da família. O que ele não imaginava é que aos 34 anos podia estar a inaugurar o quarto espaço. A Lanchonete acaba de abrir no Restelo e pretende ser um espaço de inovação que vai complementar a oferta de sabores brasileiros que tornou a marca conhecida. Depois de se ter juntado à pastelaria dos pais, em 2019, de ter renovado a imagem e o nome (que passou a ser simplesmente A Lanchonete), Pedro expandiu o conceito para Benfica (2021) e para a Parede (2023). O espaço de produção na casa mãe, em Belém, começou a ser demasiado pequeno e foi por isso que começou a procura por uma nova localização. “Na verdade, só procurávamos mesmo um sítio para produção, mas encontrámos esta confeitaria e percebemos que o piso de cima podia ser um bónus”, explica à Time Out. No piso inferior, a cozinha tem espaço para quatro fornos, uma câmara frigorífica e mais umas quantas máquinas novas que hão-de chegar entretanto. A mudança é recente, mas isso não se nota no piso de cima, onde uma cozinha mais pequena dá apoio a uma zona com balcão que serve os 25 lugares, divididos pelo interior e pela esplanada. Chama-se Atelier d’A Lanchonete e não apenas A Lanchonete porque a ideia aqui é poder testar, sem medos. O que funcionar poderá juntar-se, depois, à carta dos outros espaços.  DR Esta novidade é uma das coisas que mais entusiasma Pedro, que sen
É um café? Um bar? Uma galeria de arte? É o Casa Casa

É um café? Um bar? Uma galeria de arte? É o Casa Casa

Arthur Roudillon chegou a Lisboa há três anos, para trabalhar remotamente para uma empresa francesa. Habituado à cidade frenética de Paris, vinha desejoso de descobrir uma cultura nova, mas o ritmo de trabalho não lhe deixou grande margem. "Odiei. Não vim para Lisboa para ficar em frente ao computador a semana inteira, sem aproveitar a vida e encontrar-me com pessoas", conta à Time Out.  Há muito que imaginava ter um espaço de comida e bebida onde pudesse organizar também eventos culturais e sentiu que estava na altura de dar o passo. Pediu então dicas a um amigo, Victor Accolas, que vivia na Austrália e trabalhava em restauração. "Perguntei-lhe se podia vir até cá para me ajudar em algumas coisas, para me orientar. Isto tudo por mensagem. No dia a seguir acordei e tinha umas 15 mensagens dele: 'Claro que posso ir, até posso ir viver para Lisboa, o meu pai até estava a pensar morar em Portugal'." De repente, tudo se alinhou – até a forma como encontraram o espaço que agora é o Casa Casa, em Arroios. Arthur passava muitas vezes em frente àquilo que em tempos tinha sido uma loja de tatuagens e piercings. Nas suas pesquisas online, encontrou umas fotos que lhe pareciam familiares. Eram mesmo e, três dias depois, o contrato estava assinado. Arthur, Viktor e o pai fizeram todas as obras, incluindo o chão, os balcões e a iluminação.  "Na primeira semana não tínhamos mesas, só bancos, e eu ia comprando aos poucos no OLX. O menu também foi aumentando gradualmente." Inspirados na gast
Tejo Terrace: brunchar com vista para o rio ou numa sala com arcadas e tecto históricos (basta escolher)

Tejo Terrace: brunchar com vista para o rio ou numa sala com arcadas e tecto históricos (basta escolher)

O grupo Paladares teve mais um filho. Chama-se Tejo Terrace e vem juntar-se à primogénita, Maria Catita, especialista em gastronomia tradicional portuguesa; e a outros dois irmãos: Baixamar, uma marisqueira, e A Gaúcha, espaço dedicado a grelhados brasileiros e portugueses. Em Abril, a família aumentou e o mais recente membro tem uma identidade muito diferente dos outros. Ao nome Tejo Terrace junta-se a definição “brunch experience” – e o mote está dado para este espaço no Campo das Cebolas, entre Santa Apolónia e o Terreiro do Paço. Fechado há alguns anos, neste local existiu em tempos uma drogaria. Dela ficaram os armários envidraçados que estão do lado esquerdo da entrada. As arcadas e o tecto, pintado com flores e pássaros, já lá estavam antes e não podem ser alterados. Não é que algum responsável do espaço o pretendesse sequer. “É muito bonito, é património e recentemente o tecto foi restaurado por uma equipa de especialistas. Está ali a data [aponta para a parte em cima do bar]: 1854”, diz Rodrigo Marques, chefe de sala. Ao histórico tecto juntaram-se os azulejos das paredes, em tom verde pastel e de fabrico português, e o mármore que está nas mesas e no balcão do bar. A decoração cria uma continuidade com o que foi feito no Lioz Hotel, onde se insere. Para lá chegar, é possível percorrer um corredor junto ao bar, que dá acesso às casas de banho e à recepção. Mas regressamos à mesa, porque há muito no menu para explorar. Para começar o dia da melhor maneira (lê-se na c